Errare humanum est. Ou seja, errar é humano. Mas dito em latim até parece que o erro é mais desculpável. Confere-lhe até alguma solenidade e ao prevaricador o tempo e a oportunidade de se recompor. Com o sentido de humor que verteu em muitas das suas obras, o russo Anton Tchekhov (1860-1904), notável dramaturgo e mestre na arte do conto, foi ainda mais longe: «Errar é humano. Mas mais humano ainda é colocar a culpa noutra pessoa». No futebol, isto por norma traduz-se num «o avançado falhou dois golos de baliza aberta, o guarda-redes deu um frango, o treinador errou a estratégia, mas a culpa da…